Viagem para a praia, piscina com os amigos, atividades ao ar livre, brisa no rosto, sombra e água fresca. Tudo isso pode ser pode ser sinônimo de verão, certo? Nosso imaginário sobre a época mais celebrada do ano nos leva a fazer planos e a cultivar memórias cheias de afeto, mas, muitas vezes, as pessoas desconhecem que a estação costuma registrar uma incidência ainda maior de certas enfermidades, entre elas a Hepatite A. Em algumas regiões litorâneas do país, são registrados, inclusive, casos de epidemia da doença, afetando indiscriminadamente homens e mulheres, crianças, jovens, adultos e idosos.
Como toda hepatite, esta também é uma inflamação do fígado, mas, diferentemente daquelas decorrentes do consumo excessivo de álcool, do uso de medicamentos ou mesmo de doenças autoimunes, a hepatite A é causada por um vírus transmitido pela via fecal-oral. Improvável? Basta lembrarmos que nem todo mundo segue à risca a recomendação de lavar as mãos após usar o banheiro. A transmissão se dá também de uma pessoa infectada para outra saudável e por meio de água ou alimentos já contaminados. Para complicar, o vírus A é bastante resistente a condições adversas, capaz de sobreviver tanto em água salgada quanto doce e por até quatro horas na pele das mãos e dos dedos.
Saneamento básico é uma condição primordial para o combate à proliferação do vírus, mas nem sempre é 100% eficaz. Especialmente durante o verão, clubes com piscina, algumas praias e cidades turísticas recebem um número considerável de visitantes que, muitas vezes, é incompatível com a infraestrutura do local. É nesta hora que os hábitos de higiene devem receber atenção redobrada! O mesmo vale para festas com grande concentração de pessoas e com bastante contato, como réveillon e carnaval, período de maior transmissibilidade da hepatite A.
E como ter um diagnóstico?
Infelizmente, ela é uma doença silenciosa, uma vez que geralmente não apresenta sintomas. Entretanto, quando há, os mais frequentes são febre e cansaço excessivo – sob o risco de serem confundidos com uma virose –, dor abdominal, vômitos, fezes claras, urina escura, pele e olhos amarelados. A forma mais eficaz de um diagnóstico é por exame de sangue, que apresenta um resultado seguro e ágil. A hepatite A possui um caráter benigno, mas é potencialmente grave. Cerca de 10% dos infectados pode ter os sintomas prolongados por até seis meses e, além de poder causar insuficiência hepática aguda grave, ela pode ser fulminante em 1% dos casos, levando a óbito (especialmente pessoas com mais de 50 anos).
O melhor remédio é se prevenir da hepatite A
No dia a dia, é muito importante consumirmos apenas água tratada e adotarmos alguns hábitos de higiene, lembrando-nos sempre de ensiná-los também às crianças. Devemos:
– Lavar bem as mãos após trocar fraldas, usar o banheiro e antes de ingerir ou preparar alimentos;
– Garantir, durante o preparo de alimentos, que eles sejam higienizados, especialmente os que venham a ser consumidos crus, como algumas folhas. Quando carne de porco, frutos do mar e mariscos fizerem parte do cardápio, que sejam devidamente cozidos;
– Conferir se as pedras de gelo servidas em bebidas tenham sido feitas com água filtrada;
– Higienizar corretamente mamadeiras, pratos, copos e talheres;
– E, caso alguém diagnosticado com hepatite A esteja convivendo na mesma residência, utilizar água sanitária ao lavar o banheiro e evitar compartilhar objetos (como talheres) antes de higienizá-los, para que, assim, a contaminação não se espalhe.
Vacinação Hepatite A
Junto com a exigência de adotar hábitos de higiene – salutar em quaisquer circunstâncias –, vem uma ótima notícia: a doença é dos poucos tipos de hepatite que possui vacina, sendo uma das mais seguras. Ela é recomendada a toda a população (com exceção de quem estiver com febre ou for gestante), é altamente eficaz e apresenta praticamente nenhum registro de reações. Isso ocorre porque a vacina que imuniza contra o vírus VHA (causador da hepatite) é feita com pedaços mortos do vírus, ou seja, em condição inativa e, por isso, é praticamente sem contraindicações.
Tomada por via intramuscular, ela é indicada a partir do primeiro ano de vida e sem limite máximo de idade. São necessárias duas doses, com intervalo de seis meses entre a primeira e a segunda; garantida a segunda dose, ficam assegurados até 20 anos de imunidade. Ela é muito tolerável e pode ser administrada, simultaneamente, com qualquer outra vacina recomendada pelo Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, inclusive em quem recebeu transplante de fígado ou de rim. E, como não existem medicamentos específicos contra a hepatite A, a prevenção por meio da vacina é fundamental para evitar que continue sua disseminação.
Principalmente quem planeja viajar para regiões de risco, é importante tomar a primeira dose ao menos duas semanas antes de partir, em especial pessoas com mais de 50 anos que tenham o sistema imunológico frágil. Entretanto, o ideal é realizar a vacinação de rotina, a qualquer época do ano. A recomendação vale para todos, incluindo mulheres que desejam ter filhos e ainda não tiveram uma gestação. Assim, podem evitar este risco também para o feto. E você pode tomar essa importante vacina nas lojas da Drogaria Araujo que possuem o serviço de vacinas e testes rápidos.
A médica Paula Távora, especialista em Patologia Clínica e mestre em Imunologia Celular pela University of Cambridge (Inglaterra), explica que, por ter se tornado amplamente disponível no país somente há cerca de duas décadas, a vacinação esteve restrita primordialmente a crianças. “Existe uma população enorme, na faixa de 20 a 59 anos, que ainda não foi contemplada”, ela alerta. Segundo a médica – que é uma das diretoras da Vacsim Prevenção & Saúde, clínica de medicina preventiva e parceira da Drogaria Araujo há 16 anos – é fundamental investir na prevenção. “O fígado é um órgão muito nobre e temos de fazer o que estiver ao nosso alcance para protegê-lo. Tome uma dose de saúde e prepare-se para o verão”, diz.
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Perguntas & Respostas sobre a Hepatite A
com Dra. Paula – Vacsim
1) Como a hepatite A é transmitida?
Ela pode ser transmitida através da urina, saliva e fezes contaminadas pelo vírus da hepatite A.
2) Eu posso pegar sem notar?
Sim, podemos pegar sem perceber quando, por exemplo, estamos em ambientes onde a água – como a da piscina – ou mesmo a areia da praia estão contaminados e a sua manipulação não é percebida. Pode dar-se também pelo contato da mão que entra em contato com as fezes, que entra em contato com a boca. Chamamos isso de transmissão fecal-oral e, muitas vezes, ela pode ocorrer sem a nossa percepção.
3) Como é feito o diagnóstico?
É feito a partir dos sinais clínicos. A pessoa que está com hepatite A desenvolve uma virose, uma febre, um mal estar. Ocorrem também lesões em células do fígado que podem causar o aumento da bilirrubina, acarretando o surgimento de olhos amarelos, urina escura e fezes pálidas. A partir desses sinais, o médico deverá pedir uma sorologia – um teste laboratorial que irá pesquisar os anticorpos contra hepatite A das imunoglobulinas IgG e IgM.
4) Hepatite A tem cura?
Como toda virose, não existe um tratamento específico, mas a hepatite A pode evoluir para uma cura espontânea depois de cerca de 40 dias de sintomas da doença e a cicatrização do fígado ocorrer por completo. Entretanto, em alguns casos, infelizmente ela pode evoluir para hepatite A fulminante. A evolução deste quadro leva à insuficiência hepática, com a necessidade de transplante de fígado, e até mesmo à morte.
5) Como faço para tratar?
O tratamento é apenas sintomático, ou seja, é capaz de atuar apenas no sentido de aliviar os sintomas, com repouso e ingestão de líquidos. Não há um tratamento específico.
5) E o que fazer para prevenir a infecção causada pelo vírus da hepatite A, o VHA?
Especificamente no caso da hepatite A, a melhor forma de prevenir é por meio da vacinação, um dos recursos mais nobres da medicina preventiva para se evitar doenças. A vacina da hepatite A é extremamente segura, eficiente e praticamente sem contraindicações. Pode ser aplicada em crianças a partir de 1 ano de vida até adultos com até 100 anos. São recomendadas duas doses, sendo aplicadas com um intervalo de seis meses. Após a segunda dose, a eficácia da vacina se mantém por quase 20 anos.
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