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Paxlovid: saiba mais sobre remédio contra a covid-19

Paxlovid: saiba mais sobre remédio contra a covid-19

O Paxlovid é o primeiro medicamento para tratamento específico da covid-19 que chega ao mercado brasileiro. Apesar de muito comemorado, o medicamento ainda não é conhecido por todos.

Para saber do que ele é feito, como funciona, quem pode tomar e quando se deve tomar o Paxlovid, conversamos com o médico pneumologista Dr. Bruno Piassi (CRM-42116 / www.drbrunopiassi.com.br), especialista pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia-SBPT, mestre e doutor em Medicina pelo curso de pós-graduação em Medicina Tropical/Infectologia da Universidade Federal de Minas Gerais.

O que é o Paxlovid?

Segundo o médico Dr. Bruno Piassi, Paxlovid é um medicamento antiviral usado no tratamento de covid-19, de leve à moderada. Ele é indicado para o tratamento da covid-19 em adultos que não requerem oxigênio suplementar e nem apresentam risco aumentado de progressão para a forma grave da doença.

É importante notar que o remédio não é voltado a pacientes cuja doença já está em estágio mais avançado: “o Paxlovid não está autorizado para tratamento de pacientes que requerem hospitalização devido a manifestações graves ou críticas da covid-19”. O antiviral também não é indicado como prevenção antes do contato com a doença ou logo após ter acontecido a possibilidade de contaminação.

  • Composição e princípio ativo do Paxlovid:

O Paxlovid é composto por duas substâncias ativas: 150mg de nirmatrelvir e 100mg de ritonavir.  Cada uma delas tem uma função específica, como explica o Dr. Bruno Piassi. O nirmatrelvir é ativo contra o vírus que causa a covid-19 e o ritonavir prolonga o efeito terapêutico do nirmatrelvir.

Como o Paxlovid foi desenvolvido?

O remédio foi desenvolvido dentro dos laboratórios da Pfizer, sob comando do químico Dafydd Owen. O químico coordenou uma equipe multidisciplinar que desenvolveu o antiviral PF-07321332 (nirmatrelvir).

Entretanto, Owen se baseou em pesquisas que começaram durante um pequeno surto de uma versão antiga de coronavírus, em 2003. Nessa época funcionários da Pfizer desenvolveram o antiviral PF-00835231, que acabou não sendo mais desenvolvido porque o surto daquele ano se extinguiu. Mas a ideia era mais ou menos a mesma: inibir a protease principal do vírus (conhecida como 3CL).

Remédios que incidem sobre a protease principal de vírus tiveram bastante sucesso no combate ao HIV e à hepatite C. Assim, através de experimentos e pesquisas, uniram o novo antiviral desenvolvido ao já conhecido ritonavir, obtendo resultados importantes para o tratamento de pessoas com covid-19 em estágio inicial. 

Como age o Paxlovid?

O remédio tem como função principal barrar a proliferação do vírus que causa a covid-19 pelo corpo da pessoa infectada: “o Paxlovid impede que o vírus SARS-CoV-2 se multiplique nas células, impedindo que o vírus se dissemine”, informa Dr. Bruno Piassi. Assim, fica mais fácil para o organismo se curar da infecção pelo vírus e espera-se que ele melhore mais rapidamente. 

Qual é a eficácia do Paxlovid?

Nos estudos publicados pelo New England Journal of Medicine, um dos mais importantes do mundo, o uso Paxlovid  indicou a redução de 89% na possibilidade de morte ou hospitalização causada pela covid-19. É importante salientar que a eficácia do medicamento está estritamente ligada ao melhor momento de seu uso: deve ser tomado entre três e cinco dias do início da manifestação dos sintomas da doença. 

Como sabemos da eficácia do Paxlovid?

No ensaio clínico foi ofertado a metade dos infectados de alto risco o remédio e a outra metade foi ofertado placebos (pílulas sem princípios ativos). Todas essas pílulas foram tomadas entre os três primeiros dias da doença, que é o recomendável. Entre os que receberam placebo, ocorreram mortes. Mas dentre os que receberam o remédio, não foi constatada nenhuma. Assim, foi possível perceber a eficácia do Paxlovid. 

O Paxlovid poderá ser usado em todas as variantes?

É bastante provável que o remédio possa ser utilizado independentemente da variante do vírus. Isso acontece porque o Paxlovid não está atacando o vírus em toda a sua extensão, mas somente inibindo uma protease indispensável para a replicação do vírus.

Porém, como o SARS-CoV-2 é mutante, pode ser que surja uma versão em que o Paxlovid tenha seus efeitos minorados. É por isso que é importante a contínua pesquisa para o desenvolvimento de antivirais que combatam o vírus de maneira ainda mais complexa. 

O Paxlovid é seguro?

Sim, o remédio é seguro. As reações adversas e queixas das pessoas que participaram do ensaio clínico do remédio não diferenciam entre aqueles que tomaram a pílula com os princípios ativos e aquelas que tomaram placebo. Assim, chega-se à percepção que o remédio é seguro para o consumo humano. Também, até hoje, não houve nenhuma reação mais grave pelo uso do remédio.

O Paxlovid possui contraindicações?

O Paxlovid não deve ser tomado por pessoas que tenham alergia aos componentes do medicamento (entre eles o nirmatrelvir ou o ritonavir). Ele também não é indicado a quem tem doença hepática ou renal grave. Além disso, existe uma série de medicamentos que não devem ser administrados junto com o Paxlovid. Por isso, é importantíssima a consulta com um médico para atestar o uso do medicamento. 

Como tomar o Paxlovid?

O Dr. Bruno Piassi indica que a posologia recomendada é de 300 mg de nirmatrelvir (dois comprimidos de 150 mg) com 100 mg de ritonavir (um comprimido de 100 mg), todos tomados juntos por via oral, duas vezes ao dia, durante cinco dias.

Ele também chama a atenção para o prazo para começar a medicação: o medicamento deve ser administrado assim que possível, após o resultado positivo do teste diagnóstico para o Sars-CoV-2 e avaliação médica, e no prazo de cinco dias após o início dos sintomas.

Quais são os efeitos colaterais do Paxlovid?

Todos os medicamentos podem causar efeitos colaterais, o que não é diferente com o Paxlovid. Isso não significa que todas as pessoas vão sentir algum efeito colateral, pode ser até que a pessoa não apresente nenhum. Entretanto, como é um remédio que não foi muito utilizado, ainda tem a chance de pessoas apresentarem efeitos colaterais graves ou inesperados.

Até o momento, as reações mais comuns ao remédio são diarréia, vômito, mudança no paladar, dor de cabeça, náusea e mialgia. Menos comum é a alteração na pressão arterial ou reação alérgica grave. 

O Paxlovid foi liberado pela Anvisa?

A medicação teve aprovação emergencial pela ANVISA para pacientes com covid-19 leve a moderada com alto risco de agravamento da doença em março de 2022. Em novembro de 2022 foi aprovada a venda em farmácias, informa o Dr. Bruno Piassi.

Ele lembra que a aprovação levou em consideração a venda do medicamento ao mercado privado em outros países, como Estados Unidos e Canadá. Para a liberação do medicamento a ANVISA também considerou o cenário epidemiológico atual, com a circulação das novas subvariantes da Ômicron e o aumento de casos da doença no país.

Além do Brasil, o Dr. Bruno Piassi lembra que o fármaco já possui aprovação para uso emergencial nos Estados Unidos, pela Food and Drug Administration (FDA); na Europa pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA), no Canadá, na China, na Austrália, no Japão, no Reino Unido e no México.

  • Como comprar Paxlovid no Brasil?

O Paxlovid é indicado somente a determinados pacientes. É importante saber se a pessoa está apta a tomar o medicamento e se está dentro do prazo em que a eficácia é comprovada. Assim, o Paxlovid deve ser administrado somente com indicação médica: “a venda em farmácias deve ser feita sob prescrição médica, com dispensação e orientação pelo farmacêutico ao paciente sobre o uso correto do medicamento”.

  • Qual o preço do Paxlovid? 

Ainda não existe um preço oficial do remédio no Brasil. Se acompanhar o mercado externo, o tratamento de cinco dias pode custar até R$2.700,00. 

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