As gorduras presentes nos alimentos dividem-se em três tipos: saturadas, insaturadas e trans. No grupo das insaturadas, também chamadas de “gorduras boas”, está o Ômega 3, um tipo de óleo que nosso organismo não produz e que deve estar presente em nossa alimentação.
As principais fontes naturais de Ômega 3 são os peixes de água fria e profunda (salmão, sardinha, atum, arenque), a semente de linhaça, o óleo de canola e as oleaginosas (castanhas, nozes).
Imagem: UFPE
Apesar de algumas pessoas consumirem esses alimentos com certa frequência, estudos comprovam que a população brasileira ingere em média 60% menos desse nutriente do que o ideal.
É preciso ficar atento ao cardápio para incluir mais alimentos ricos em Ômega 3. Uma boa opção pode ser a suplementação de óleo de peixe, uma alternativa prática e segura para garantir a ingestão adequada desse nutriente tão importante. No caso do óleo de peixe em cápsulas, em geral, bastam 2 ou 3 cápsulas ao dia para desfrutar dos benefícios.
Mas afinal, por que o Ômega 3 é tão importante?
Pesquisas demonstram que o consumo de Ômega 3 influencia na redução das taxas de triglicérides, do LDL colesterol e do colesterol total, além de contribuir para o aumento nos níveis de HDL colesterol (“colesterol bom”). Outro benefício observado com seu consumo constante é a redução da pressão arterial e a prevenção de agregação plaquetária (ação anticoagulante). O consumo de Ômega 3 também favorece o tratamento de doenças inflamatórias como dermatites, doenças respiratórias, artrite reumatóide, lúpus e esclerose múltipla. Sabe-se que o excesso de gordura corporal relaciona-se a um processo inflamatório, e como o Ômega 3 possui ação anti-inflamatória, exerce papel benéfico no tratamento da obesidade.
É importante ressaltar que o Ômega 3, seja em alimentos ou em cápsulas, é um aliado na prevenção e no tratamento de hipertensão, diabetes, colesterol alto, obesidade e doenças do coração, sendo seu consumo inclusive recomendado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia. Em geral, seu uso pode ser associado aos medicamentos utilizados para estas doenças, mas, para ter certeza, sempre consulte um médico e um nutricionista.
Por Renata Miranda
Nutricionista da Drogaria Araujo
CRN 10900