Você sabia que a alimentação também pode ser uma aliada na luta contra o hipotireoidismo?
Se você é uma pessoa leitora assídua do Blog da Araujo, sabe a importância de uma boa alimentação para o funcionamento equilibrado do nosso corpo. Com a tireoide, não seria diferente. Ela precisa receber os nutrientes certos, que fortalecem não só a glândula, mas todo o sistema.
Por isso, caso você ou alguém da sua família conviva com o diagnóstico de hipotireoidismo, continue a leitura. Vamos conversar sobre como montar um cardápio que apoie a saúde da tireoide, desmistificar algumas crenças comuns e mostrar como a Drogaria Araujo é parceira nesse cuidado diário.
Nutrição para quem tem hipotireoidismo: o que a ciência diz?
O hipotireoidismo acontece quando a glândula tireoide trabalha em marcha lenta, produzindo menos hormônios do que o necessário. De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), a doença afeta cerca de 15% da população acima dos 50 anos — e é cinco a oito vezes mais comum em mulheres.
A alimentação não cura o hipotireoidismo, mas faz com que o tratamento tenha melhores resultados. Uma dieta equilibrada funciona como um suporte extra para o corpo, já que contribui para:
- Melhorar o metabolismo – ajudando o corpo a processar melhor os nutrientes e a energia;
- Reduzir o cansaço – oferecendo ao organismo os nutrientes necessários para que ele funcione com mais energia;
- Controlar o ganho de peso – já que a alimentação saudável auxilia na regulação hormonal;
- Aumentar a disposição e a qualidade de vida – mantendo os níveis de saúde do corpo em equilíbrio.
Vale ressaltar que a alimentação não substitui o cuidado médico, mas fortalece todo o organismo, ajudando cada sistema a funcionar melhor. Com os nutrientes certos, a tireoide encontra o ambiente ideal para trabalhar em equilíbrio, e o tratamento alcança resultados ainda mais positivos.
Quer mais algumas dicas? Leia: Cardápio saudável: entenda o poder dos alimentos na sua rotina.
Alimentos que ajudam a tireoide a encontrar o seu ritmo
Alguns nutrientes são essenciais para a saúde da tireoide. Confira os mais importantes para incluir na sua alimentação:
1. Iodo: o herói da produção hormonal
O iodo é essencial para a produção dos hormônios tireoidianos. Sem ele, a tireoide perde seu compasso natural, o que pode afetar todo o metabolismo. Aposte em:
- Sal iodado (em quantidade moderada);
- Peixes de água salgada, como salmão, bacalhau e atum; e
- Frutos do mar, como camarão, salmão, mexilhão e bacalhau.
Porém, um ponto de atenção: exagerar no consumo de iodo pode ser tão prejudicial quanto a deficiência. Sempre busque o equilíbrio em conjunto com um especialista.
2. Selênio: o escudo protetor da tireoide
Por sua vez, o selênio atua como um verdadeiro guardião antioxidante. Ele protege a tireoide dos danos causados pelos radicais livres, ajudando a manter sua estrutura e função. Fontes naturais incluem:
- Castanha-do-pará (uma ou duas por dia já são suficientes);
- Quinoa (rica em selênio, cálcio, ferro, fibras, magnésio, potássio e zinco);
- Ovos;
- Aveia, linhaça; e
- Cogumelos, como o champignon e o shitake.
3. Zinco: o afinador do metabolismo
O zinco, como um bom afinador de instrumentos, participa de centenas de reações enzimáticas no corpo. Ou seja, ele ajuda várias engrenagens metabólicas a funcionarem no ritmo certo. Por isso, é essencial para o funcionamento do metabolismo. Alimentos ricos em zinco:
- Carne bovina magra;
- Grão de bico;
- Frango; e
- Sementes de abóbora (que também são ótimas opções para lanches saudáveis!).
Mais um ponto de atenção: baixos níveis de zinco podem desacelerar o metabolismo e afetar o sistema imunológico.
4. Vitamina D: a fortalecedora do sistema
A vitamina D é uma aliada importante para a imunidade e saúde hormonal. Para reforçá-la:
- Exponha-se ao sol por 15 a 20 minutos diários (preferencialmente antes das 10h ou após as 16h e sem protetor nesse curto período);
- Inclua no prato alimentos como ovos, peixes gordurosos (sardinha ou atum) e leite fortificado.
Se você tiver deficiência de vitamina D, seu médico poderá recomendar suplementação.
O que evitar: os desafinadores da tireoide
Assim como existem alimentos que ajudam, outros podem atrapalhar a tireoide — principalmente se consumidos em excesso. Veja quais merecem atenção:
- Soja e derivados – contém compostos chamados isoflavonas, que podem interferir na absorção do hormônio sintético usado no tratamento. Mas calma: isso não significa que quem tem hipotireoidismo precisa eliminar a soja da vida! O segredo é o equilíbrio. Geralmente, é recomendado consumi-la moderadamente e longe do horário da medicação.
- Alimentos ultraprocessados – ricos em açúcares, gorduras ruins e aditivos químicos, eles aumentam o risco de inflamação e prejudicam o metabolismo como um todo.
- Crucíferas cruas em excesso – brócolis, couve-flor, repolho e couve são superalimentos, mas em abundância e crus podem reduzir a captação de iodo pela tireoide. Cozinhar essas verduras resolve o problema, já que o calor inativa os compostos responsáveis por reduzir a captação de iodo pela tireoide.
Mitos e verdades sobre alimentação e hipotireoidismo
Quando o assunto é alimentação para hipotireoidismo, surgem muitas dúvidas — e nem tudo o que se ouve por aí é verdade. Para ajudar você a fazer escolhas mais conscientes, vamos desvendar alguns dos principais mitos:
“Quem tem hipotireoidismo não pode comer soja nunca.”
Mito! Pode consumir com moderação e mais distante do horário da medicação.
“Preciso cortar todas as crucíferas do prato.”
Mito! Só é preciso moderar o consumo cru. Cozidos, são liberados.
“Devo fazer dieta sem glúten, mesmo sem intolerância.” Mito! Só se houver indicação médica específica.
“Frutas são proibidas para quem tem hipotireoidismo.”
Mito! Frutas são fontes importantes de vitaminas, fibras e antioxidantes. O segredo está no equilíbrio, priorizando opções com baixo índice glicêmico.
“É melhor evitar todo tipo de carboidrato.”
Mito! Carboidratos complexos, como arroz integral, aveia e batata-doce, ajudam a fornecer energia de qualidade e podem ser aliados da saúde da tireoide quando consumidos de forma equilibrada.
Vale lembrar que a melhor dieta é sempre aquela equilibrada, variada e personalizada para suas necessidades. Sempre procure um profissional de saúde para te ajudar a encontrar a melhor alimentação para você.
Alimentação e tratamento caminham juntos
É fundamental lembrar: a alimentação saudável não substitui o tratamento médico. O uso de hormônios tireoidianos sintéticos (como a levotiroxina) é o tratamento de primeira linha e deve ser feito exatamente como orientado pelo seu endocrinologista.
Dessa forma, ajustar o cardápio pode potencializar o tratamento e trazer mais bem-estar no dia a dia. É como dar instrumentos novos e afinados para a orquestra da sua saúde tocar ainda melhor.
Saiba mais: Hipotireoidismo: o que causa, como tratar e por que ele afeta seu metabolismo
A Drogaria Araujo é sua parceira no cuidado da sua tireoide
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Este artigo foi revisado pela médica endocrinologista Dra Thaís Pereira Costa Magalhães CRMMG 36771 drathaismagalhaes.com.br
