A cada cinco segundos, uma nova pessoa é diagnosticada com diabetes no mundo, segundo a Federação Internacional de Diabetes. Isso significa que, enquanto você lê esta frase, alguém está descobrindo que terá que monitorar a glicemia pelo resto da vida. Mas você sabe o que, de fato, significa esse termo que parece técnico, mas diz muito sobre o seu bem-estar diário?
A glicemia é, basicamente, o nível de açúcar circulando no seu sangue e ele precisa estar na medida certa para que seu corpo funcione com energia e equilíbrio. Quando esses níveis estão desregulados por muito tempo, aumentam as chances de desenvolver doenças como o diabetes tipo 1 ou tipo 2, além de complicações cardiovasculares e metabólicas.
Falar sobre glicemia é também falar sobre prevenção, autocuidado e qualidade de vida. Por isso, neste artigo vamos te ajudar a entender como e por que monitorar seus níveis de glicose, com orientações práticas para quem quer cuidar melhor da própria saúde todos os dias.
O que é glicemia e por que ela importa tanto?
A glicemia é a quantidade de glicose presente no sangue. Esse açúcar é a principal fonte de energia do nosso corpo, uma espécie de combustível que nos mantém em movimento. Ele vem principalmente dos alimentos que ingerimos, como tubérculos (como batata e mandioca), frutas, massas, grãos e cereais.
Para que tudo funcione bem, a quantidade de glicose no sangue precisa estar equilibrada. E quem ajuda nesse controle é a insulina, um hormônio produzido pelo pâncreas.
Quando a glicemia está fora do eixo, o corpo dá sinais – às vezes sutis, às vezes mais sérios. Altos níveis de glicose por muito tempo podem indicar diabetes tipo 1 ou tipo 2, enquanto níveis muito baixos (hipoglicemia) também trazem riscos, como tonturas, desmaios e confusão mental.
Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, cerca de 16,8 milhões de brasileiros vivem com a doença, e muitos nem sabem disso. Mas o que muitos não sabem é que dá para viver bem. Com medição e controle regulares, é possível levar uma vida longa, ativa e saudável.
Saiba mais: Diabetes: quais são os tipos e como prevenir?
Como entender os níveis?
A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia criou um resumo prático dos níveis de referência para você entender melhor:
Tipo de exame | Resultado normal | Resultado alterado | Diagnóstico de diabetes |
Glicemia em jejum | até 99 mg/dL | entre 100-125 mg/dL | a partir de 126 mg/dL |
Teste 2h pós dextrosol | até 140 mg/dL | entre 141-199 mg/dL | a partir de 200 mg/dL |
Hemoglobina glicada | até 5,6% | 5,7% a 6,4% | 6,5% ou mais |
Há mais um novo critério diagnóstico para diabetes que é a glicemia 1h após o dextrosol. Dextrosol é basicamente um líquido muito doce que a pessoa ingere no laboratório para fazer o teste.
Esses valores servem como guia. Lembre-se que o ideal é sempre conversar com um médico para interpretar corretamente os resultados e entender o que eles significam no seu caso.
Como medir a glicemia em casa?
Medir a glicemia é mais simples do que parece e pode se tornar parte da sua rotina de autocuidado, assim como escovar os dentes ou beber água.
É importante saber que a medição regular da glicemia na ponta do dedo é recomendada apenas para pessoas com diabetes – e, mesmo entre elas, nem todas precisam fazer isso com frequência.
O exame mais comum é a glicemia capilar, feito com um medidor de glicose conhecido como glicosímetro. Com ele, você coleta uma gotinha de sangue da ponta do dedo e, em segundos, tem o resultado na tela.
Veja o passo a passo:
- Lave bem as mãos com água e sabão;
- Insira a fita de teste no glicosímetro;
- Use a lanceta, um pequeno dispositivo com agulha descartável, para furar a lateral do dedo;
- Encoste a gota de sangue na fita;
- Aguarde o resultado sair, geralmente, em menos de 10 segundos.
Faça a medição sempre nos horários indicados pelo seu médico e anote os resultados. Isso ajuda o médico a identificar padrões e indicar o melhor tratamento, se necessário.
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Com que frequência devo medir a glicemia?
A resposta depende do seu estado de saúde. Veja alguns cenários comuns:
- Quem não tem diabetes pode fazer testes esporádicos, especialmente se há histórico familiar ou sintomas como sede excessiva, cansaço ou perda de peso;
- Pré-diabéticos devem acompanhar de forma mais regular, a critério médico; e
- Diabéticos tipo 1 ou 2 devem seguir uma rotina definida pelo endocrinologista, que pode incluir de 1 a 6 medições por dia, dependendo do uso de insulina, alimentação e atividade física.
Lembre-se: medir é prevenir. E a prevenção começa com informação e atitude.
Quais sinais o corpo dá quando a glicemia está desregulada?
O corpo é sábio e manda recados. Por isso, fique atento aos sinais mais comuns de hiperglicemia (glicose alta):
- Sede em excesso;
- Urina frequente;
- Visão embaçada; e
- Cansaço sem motivo
E também aos sinais de hipoglicemia (glicose baixa):
- Tremores;
- Suor frio;
- Palpitação;
- Irritabilidade; e
- Fome intensa.
Assim, se notar esses sintomas com frequência, é hora de conversar com um médico e incluir a medição da glicemia na sua rotina.
Glicemia, estilo de vida e alimentação: como tudo se conecta?
Você sabia que o controle da glicemia começa no prato? Alimentos ricos em fibras, como legumes, verduras, frutas com casca e grãos integrais ajudam a manter a glicose estável. Já os ultraprocessados, açúcares e farinhas brancas são vilões que podem causar picos de glicemia.
A prática regular de atividade física também é uma aliada poderosa, uma vez que aumenta a sensibilidade à insulina e melhora o aproveitamento da glicose pelas células.
Pequenas mudanças, como caminhar 30 minutos por dia ou trocar o arroz branco pelo integral, fazem toda a diferença.
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