Você já se sentiu exausto, sem energia e com dificuldade de se concentrar no trabalho, mesmo após uma boa noite de sono? Se a resposta for sim, você pode estar enfrentando o burnout, ou síndrome do esgotamento profissional.
Em setembro de 2022, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) publicaram diretrizes conjuntas destacando a importância de ações concretas para enfrentar questões de saúde mental no trabalho. Segundo o relatório, cerca de 15% dos adultos em idade ativa apresentaram transtornos mentais, e estima-se que 12 bilhões de dias úteis sejam perdidos anualmente devido à depressão e ansiedade, resultando em um custo de US$ 1 trilhão por ano em perda de produtividade.
A palavra burnout vem do inglês e significa “queimar até o fim”, uma metáfora perfeita para o estado de esgotamento físico, emocional e mental que afeta milhões de profissionais ao redor do mundo. Neste artigo, vamos explicar o que é o burnout, como identificá-lo, tratá-lo e, principalmente, como preveni-lo, para que você possa encontrar equilíbrio entre vida pessoal e trabalho com a ajuda da Araujo.
Síndrome de burnout: o que é?
O burnout é uma síndrome caracterizada pelo esgotamento físico, mental e emocional causado pelo estresse crônico no trabalho. Não se trata de um simples cansaço: é uma condição séria que pode comprometer sua saúde, afetar suas relações pessoais e até prejudicar seu desempenho profissional.
O burnout está relacionado com o excesso de demandas, prazos apertados, pressão por resultados e falta de controle sobre as tarefas. Estudos do National Institutes of Health mostram que profissionais que trabalham mais de 50 horas semanais têm risco significativamente maior de desenvolver a síndrome. Entre os fatores que contribuem para o surgimento do burnout estão:
- Excesso de trabalho e responsabilidades: quando a carga de tarefas é constante e as metas são inatingíveis, o corpo e a mente entram em sobrecarga. A sensação de não dar conta de tudo gera estresse contínuo, que é um dos principais gatilhos da síndrome.
- Falta de reconhecimento: mesmo quando o trabalho é bem-feito, a ausência de feedback positivo, promoções ou valorização do esforço pode gerar frustração e desmotivação. O sentimento de ser invisível ou pouco valorizado contribui diretamente para o esgotamento emocional.
- Conflitos com colegas ou líderes: relações tensas no ambiente profissional aumentam a pressão diária e intensificam o estresse. Desentendimentos frequentes, críticas constantes ou falta de suporte hierárquico podem acelerar o desenvolvimento do burnout.
- Ambiente de trabalho tóxico: ambientes que promovem competitividade excessiva, assédio, falta de empatia ou comunicação deficiente criam um cenário onde o trabalhador se sente constantemente vulnerável e desgastado.
- Pouca autonomia ou controle sobre as próprias tarefas: não ter liberdade para tomar decisões, definir prioridades ou organizar o próprio trabalho aumenta a sensação de impotência. A falta de controle sobre as atividades gera frustração e contribui para o esgotamento mental e emocional.
O burnout não surge da noite para o dia. Ele se desenvolve gradualmente, muitas vezes sem que a pessoa perceba, tornando essencial o autoconhecimento e a atenção aos sinais do corpo e da mente.
Descubra a diferença entre cansaço e burnout
Você pode estar se perguntando: “mas não é só cansaço?”. Nem sempre. A diferença entre cansaço comum e burnout está na intensidade, na persistência e na origem do problema.
Aspecto | Cansaço | Burnout |
Origem | Físico ou mental, temporário | Profissional, crônico e intenso |
Duração | Passa com descanso | Persiste mesmo após férias ou noites de sono |
Sintomas | Fadiga, sonolência | Exaustão física e emocional, irritabilidade, desmotivação |
Impacto | Baixo no dia a dia | Alto, afeta vida pessoal, relacionamentos e saúde |
O burnout não é apenas se sentir cansado; é um esgotamento profundo que compromete a capacidade de realizar atividades rotineiras e de lidar com o estresse do dia a dia.
Conheça os sintomas do burnout
O burnout pode se manifestar de diversas formas, geralmente combinando sinais físicos e psicológicos. Reconhecer os sintomas é o primeiro passo para buscar tratamento e prevenção.
Sintomas físicos
- Fadiga constante e dificuldade de dormir;
- Dores musculares e de cabeça frequentes;
- Problemas digestivos ou alterações no apetite; e
- Sensação de fraqueza ou falta de energia.
Sintomas psicológicos
- Irritabilidade e impaciência com colegas e familiares;
- Sentimento de frustração ou impotência;
- Ansiedade e tristeza persistentes;
- Dificuldade de concentração e de tomar decisões; e
- Desmotivação e perda de interesse pelo trabalho.
Estudos da Mayo Clinic indicam que o burnout pode aumentar o risco de depressão, ansiedade e até doenças cardiovasculares, tornando o diagnóstico precoce ainda mais importante.
Como tratar o burnout?
O tratamento do burnout deve ser multidimensional, combinando acompanhamento profissional com mudanças nos hábitos diários. Não existe uma cura rápida, mas é possível recuperar a qualidade de vida e a motivação com as estratégias corretas.
Psicoterapia
O acompanhamento com psicólogos é essencial para lidar com o estresse, desenvolver resiliência e identificar fatores que contribuem para a síndrome.
Psiquiatria e medicação
Em casos mais graves, psiquiatras podem indicar medicamentos para controlar ansiedade, depressão ou distúrbios do sono associados ao burnout.
Hábitos saudáveis
- Prática regular de atividade física (pelo menos 3 vezes por semana);
- Sono de qualidade, garantindo 7 a 8 horas por noite;
Alimentação equilibrada, rica em nutrientes; e - Técnicas de relaxamento, como meditação, respiração profunda e yoga.
Organização do trabalho
- Estabelecer limites claros entre vida pessoal e profissional;
- Priorizar tarefas e delegar quando possível; e
- Fazer pausas regulares durante o expediente.
O mais importante é compreender que procurar ajuda não é fraqueza, mas sim um passo fundamental para recuperar o equilíbrio emocional e físico.
Dicas para prevenir o burnout
A prevenção do burnout está diretamente ligada ao autoconhecimento e à gestão do estresse no trabalho. Confira algumas orientações práticas:
- Reconheça a sobrecarga: esteja atento aos sinais do corpo e da mente, como irritabilidade, insônia e desmotivação.
- Estabeleça limites claros: evite levar trabalho para casa e respeite horários de descanso.
- Pratique técnicas de relaxamento: meditação, respiração consciente ou caminhadas ao ar livre ajudam a reduzir o estresse.
- Mantenha uma rotina equilibrada: inclua atividades prazerosas, hobbies e momentos com família e amigos.
- Peça ajuda profissional: psicólogos, psiquiatras e médicos podem orientar estratégias personalizadas de tratamento e prevenção.
Encontrar equilíbrio entre a vida pessoal e o trabalho não é luxo, é necessidade de saúde. A Araujo está ao seu lado nesse processo, oferecendo orientação, acompanhamento e recursos para cuidar de você de forma completa e segura.
*Fontes:
OMS,
OPAS – Organização Pan-Americana da Saúde,