Assim como a mobilização do Outubro Rosa para a conscientização do câncer de mama, o Novembro Azul é um movimento mundial que busca reforçar entre os homens o conhecimento da importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de próstata.
De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), em números absolutos, esse tipo de câncer é a segunda causa de morte da população masculina no Brasil. Esse indicativo revela que o brasileiro não dá a devida importância à medicina preventiva, uma vez que o tumor de próstata é passível de diagnóstico precoce por meio de exames.
Por isso, a principal ferramenta que temos para reverter esse quadro é combater o preconceito com informação. Entenda neste artigo o que é o câncer de próstata, como e quando é feito o diagnóstico.
O que é a próstata?
A próstata é uma glândula que fica localizada entre a bexiga e a pélvis do homem, à frente do reto. Ela tem a importante função de produzir parte do líquido que forma o esperma, ajudando a alimentar e proteger os espermatozoides, além de conter músculos que ajudam a expelir o sêmen durante a ejaculação.
O câncer de próstata é o tumor que pode surgir nesse órgão. Ele é, na maioria das vezes, silencioso e não apresenta sinais e sintomas evidentes. Apenas em estágios mais avançados, quando suas metástases se manifestam em ossos, pulmão ou fígado.
Nesse estágio avançado, as chances de cura são bem menores. Por isso os especialistas alertam: quanto mais cedo a doença é diagnosticada, maiores as chances de cura. Estatísticas do Instituto Nacional do Câncer (NCI) dos Estados Unidos indicam que até 90% dos casos diagnosticados em fase inicial têm cura se o diagnóstico e o tratamento ocorrerem em tempo hábil.
Como são os exames?
Muitas pessoas conhecem o método de toque retal para o exame da próstata, mas ele não é o único utilizado. Existem seis metodologias empregadas para o diagnóstico assertivo do câncer de próstata, que são:
- PSA – exame de sangue: exame de sangue que avalia o marcador tumoral PSA, um indicador de problemas de inflamação da próstata.
- Toque retal: este exame é muito rápido, leva cerca de 1 minuto e não exige preparo. Por meio do toque o médico avalia se a próstata parece maior ou mais rígida do que o normal.
- Ultrassonografia transretal: ou ecografia da próstata, também avalia o tamanho da glândula e eventuais alterações na sua estrutura. Por proporcionar uma análise mais detalhada, é indicado apenas quando já foram identificadas alterações no PSA e toque retal.
- Medição do jato de urina: este exame não é diagnóstico específico do câncer de próstata, mas é útil em casos já diagnosticados. Através da medição da força do jato e da quantidade de urina em cada micção, o médico consegue entender o impacto do tumor na bexiga e uretra.
- Exame de urina: o exame de urina PCA3 é específico para avaliar se existe câncer de próstata e qual a agressividade do tumor, por isso, é muito útil para indicar o tratamento.
- Biópsia: a biópsia é feita para confirmar diagnósticos de alterações na glândula, como câncer ou tumores benignos, e é feita mediante a retirada de uma amostra da próstata para análise em laboratório.
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Quando fazer os exames?
Os riscos de desenvolvimento do câncer de próstata aumentam com a idade, por isso os médicos especialistas recomendam que homens a partir dos 50 anos de idade façam os exames de PSA e toque retal anualmente. Mas em caso de parentes de 1º grau que já tiveram diagnóstico de câncer de próstata, os exames devem ser a partir dos 45 anos.
Além da idade e do histórico familiar, existem outros fatores que podem estar relacionados ao aumento dos riscos de desenvolver o câncer de próstata. São eles:
- Dieta: consumo excessivo de carnes vermelhas e leites e baixo consumo de verduras e legumes.
- Obesidade e sedentarismo.
- DSTs: doenças sexualmente transmissíveis, como gonorreia ou clamídia, podem aumentar os riscos de inflamação da próstata.
- Tabagismo.
Recebendo o diagnóstico
Além da ansiedade e preconceito com o exame preventivo, receber o diagnóstico é um momento que pode influenciar muito o imaginário masculino. O medo de que o tratamento não funcione ou o receio das limitações físicas que os tratamentos podem acarretar faz com que muitos evitem procurar ajuda profissional ou se expor a qualquer intervenção.
Nesse momento, todo o apoio emocional da família e amigos é extremamente importante. É a combinação de informação clara, amor e cuidado que pode mudar esse cenário e salvar milhares de vidas.