O câncer de pele é o tipo de câncer mais comum no mundo, representando a maioria dos diagnósticos oncológicos. Ele ocorre quando as células da pele sofrem mutações genéticas principalmente devido a fatores como exposição excessiva ao sol e predisposição genética. No entanto, o câncer de pele é também um dos mais evitáveis. Para isso, precisamos saber identificar os sinais precoces e manter cuidados diários com a pele.
Hoje vamos explorar detalhadamente os tipos de câncer de pele, seus sintomas, fatores de risco, formas de prevenção e tratamento.
O que é o câncer de pele?
O câncer de pele surge quando há crescimento anormal e descontrolado das células da epiderme, a camada mais externa da pele. Esse crescimento pode ser benigno (não cancerígeno) ou maligno (cancerígeno). O câncer de pele maligno pode se espalhar para outros tecidos e órgãos se não tratado precocemente.
Os principais fatores de risco incluem:
- Exposição excessiva aos raios ultravioleta (UV): a radiação solar é a principal causa do câncer de pele. O uso frequente de câmaras de bronzeamento artificial também aumenta consideravelmente o risco. Por isso, esses aparelhos estão proibidos no nosso país já há alguns anos.
- Histórico familiar: pessoas com parentes próximos diagnosticados com câncer de pele têm mais chances de desenvolver a doença;
- Tom de pele e características genéticas: indivíduos de pele clara, olhos claros e cabelos loiros ou ruivos têm maior sensibilidade ao sol e, consequentemente, maior risco;
- Sistema imunológico enfraquecido: pessoas com doenças autoimunes ou que passaram por transplantes são mais suscetíveis;
- Exposição a produtos químicos nocivos: contato frequente com arsênio, alcatrão ou fuligem pode aumentar o risco.
Tipos de câncer de pele e suas características
Existem três tipos principais de câncer de pele, que são:
1. Carcinoma Basocelular (CBC)
- Representa cerca de 80% dos casos de câncer de pele;
- Geralmente se manifesta como pequenas lesões peroladas, feridas que não cicatrizam ou manchas avermelhadas;
- Cresce lentamente e raramente se espalha para outros órgãos, mas pode causar danos locais significativos.
2. Carcinoma Espinocelular (CEC)
- Segundo tipo mais comum, respondendo por cerca de 15% a 20% dos casos;
- Pode aparecer como feridas descamativas, nódulos avermelhados ou lesões com crostas que podem sangrar;
- Cresce mais rápido que o carcinoma basocelular e pode se espalhar para outras áreas se não tratado.
3. Melanoma
- Tipo mais agressivo e perigoso, responsável pela maioria das mortes por câncer de pele;
- Pode surgir em pintas já existentes ou como novas manchas escuras, com bordas irregulares e variação de cores;
- Se diagnosticado precocemente, tem altas taxas de cura, mas em estágios avançados pode se espalhar rapidamente para outros órgãos.
Como identificar o câncer de pele?
Ficar atento às mudanças na pele é essencial para um diagnóstico precoce. Para ajudar na detecção de possíveis sinais de câncer de pele, os especialistas recomendam a regra do ABCDE:
- A (Assimetria): uma metade da pinta ou mancha tem formato diferente da outra metade;
- B (Bordas): bordas irregulares, mal definidas ou serrilhadas;
- C (Cor): presença de múltiplas cores na mesma lesão, incluindo marrom, preto, vermelho, azul ou branco;
- D (Diâmetro): maior que 6 mm ou crescimento progressivo;
- E (Evolução): mudanças no tamanho, forma, cor ou surgimento de sintomas como coceira e sangramento.
Se perceber qualquer alteração suspeita na pele, consulte um dermatologista o quanto antes!
A importância do diagnóstico precoce
O diagnóstico precoce do câncer de pele é essencial para aumentar as chances de cura e evitar complicações mais graves.
Quando a doença é identificada nos estágios iniciais, os tratamentos são menos invasivos e apresentam altos índices de sucesso.
Muitos casos de câncer de pele podem ser tratados com procedimentos simples, como remoção cirúrgica da lesão, sem a necessidade de terapias agressivas.
No entanto, se a doença for detectada tardiamente, principalmente no caso do melanoma, há um risco elevado de metástase, dificultando o tratamento e reduzindo as chances de recuperação.
Por isso, é fundamental que as pessoas realizem autoexames regulares da pele e busquem avaliação médica diante de qualquer alteração suspeita.
Exames dermatológicos de rotina também são indispensáveis para a detecção precoce de lesões malignas ou pré-malignas.
Como prevenir o câncer de pele?
A prevenção do câncer de pele envolve a adoção de hábitos diários para reduzir a exposição aos raios UV e proteger a pele contra danos cumulativos, como:
1. Uso regular do protetor solar
- Aplique protetor solar com FPS 30 ou superior diariamente, mesmo em dias nublados;
- Reaplique a cada duas horas e após transpiração ou contato com água;
- Prefira produtos com proteção UVA e UVB para maior eficácia.
2. Evite exposição solar nos horários críticos
- O sol é mais intenso entre 10h e 16h. Evite se expor diretamente nesse período;
- Sempre que possível, busque sombra ou utilize barreiras físicas, como roupas com proteção UV.
3. Proteção física
- Use chapéus de aba larga, óculos escuros com filtro UV e roupas de manga longa quando estiver ao ar livre por longos períodos;
- Tecidos com proteção UV podem ser aliados importantes para reduzir os danos solares.
4. Autoexame da pele e consultas regulares
- Examine sua pele mensalmente em frente ao espelho, incluindo áreas menos visíveis como couro cabeludo, orelhas, pés e unhas;
- Consulte um dermatologista pelo menos uma vez por ano para um check-up completo.
Tratamentos para o câncer de pele
O tratamento do câncer de pele varia de acordo com o tipo, estágio e localização da lesão. As principais opções incluem:
- Cirurgia: método mais comum, consiste na remoção da lesão com margem de segurança para evitar recidivas;
- Crioterapia: congelamento das células cancerígenas com nitrogênio líquido, indicado para lesões superficiais;
- Radioterapia e Quimioterapia: utilizadas para casos mais avançados ou quando há metástases;
- Imunoterapia e Terapias Alvo: tratamentos inovadores que estimulam o sistema imunológico ou bloqueiam mecanismos de crescimento das células cancerosas.
A escolha do tratamento deve ser feita por um especialista, considerando as características do tumor e a saúde geral do paciente.
Previna-se do câncer de pele com essas medidas
O câncer de pele pode ser uma doença grave, mas com medidas preventivas adequadas e diagnóstico precoce, as chances de cura são muito altas.
Proteger-se do sol, usar protetor solar, realizar autoexames regulares e procurar um dermatologista ao menor sinal de anormalidade são atitudes essenciais para manter a pele saudável.
Se você notar alguma alteração suspeita na pele, não espere! Agende uma consulta com um especialista e compartilhe este conteúdo para ajudar na conscientização sobre a importância da prevenção do câncer de pele.
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Este artigo foi revisado pela médica dermatologista Raquel Ferreira Queiroz de Melo CRMMG 78356 RQE 57168