Blog - Drogaria Araujo

Observar uma criança crescendo com saúde é um dos maiores desejos de qualquer pai ou mãe. Mas e quando os quilos a mais começam a aparecer?

A obesidade infantil tem se tornado um dos problemas de saúde pública mais preocupantes do Brasil e do mundo. Entender suas causas, riscos e formas de tratamento é essencial para garantir que os pequenos tenham uma vida mais longa, ativa e feliz.

Segundo o Ministério da Saúde, uma em cada três crianças brasileiras entre 5 e 9 anos está com excesso de peso. Você sabe o que está por trás desse número tão alarmante?

Acompanhe em nosso conteúdo abaixo quais são as causas e o tratamento para a obesidade infantil.

Quais são as causas da obesidade infantil?

A obesidade infantil pode parecer um problema simples à primeira vista, mas, na verdade, é bastante complexa. Ela é resultado de vários fatores que, juntos, acabam prejudicando a saúde da criança. Vamos entender isso de forma clara:

1. Má alimentação (principal causa)

O que sua criança come todos os dias tem impacto direto no peso e na saúde dela. Quando o cardápio está recheado de fast food, salgadinhos, doces, refrigerantes e alimentos congelados e industrializados, o organismo começa a acumular gordura em excesso. Esses produtos têm muitas calorias e poucos nutrientes.

2. Falta de atividades físicas

Se a criança passa horas no sofá, jogando videogame ou no celular, ela gasta pouca energia. O corpo dela precisa se movimentar para equilibrar o que consome com o que gasta. Sem esse equilíbrio, o ganho de peso é inevitável.

3. Questões emocionais e psicológicas

Crianças também sentem ansiedade, estresse ou tristeza. E, muitas vezes, a comida vira uma forma de conforto. Isso pode criar uma relação complicada com a alimentação, que precisa ser acompanhada com carinho e, em muitos casos, com ajuda profissional.

4. Fatores genéticos e familiares

Se os pais têm sobrepeso ou hábitos alimentares ruins, é comum que os filhos sigam o mesmo caminho. Mas isso não significa que o destino está traçado, pois os hábitos podem ser mudados.

Como saber se meu filho está com sobrepeso?

A avaliação do peso infantil deve ser feita com critério. Um simples excesso de peso pode não indicar obesidade, já que cada criança tem seu ritmo de crescimento. No entanto, existem sinais que merecem atenção:

Ganho de peso muito rápido ou desproporcional à altura;
Falta de interesse por brincadeiras ativas;
Cansaço excessivo após esforço físico;
Apneia do sono ou ronco durante a noite;
Mudanças na autoestima e comportamento.

A melhor forma de confirmar se há sobrepeso ou obesidade é consultar um pediatra. Ele irá calcular o IMC da criança e compará-lo com os padrões de referência para a faixa etária e sexo.

Riscos da obesidade em crianças

A obesidade infantil afeta diretamente a saúde e a qualidade de vida. Os riscos não são apenas físicos, mas também emocionais e sociais. Veja alguns dos principais impactos:

Diabetes tipo 2: o excesso de gordura corporal dificulta a ação da insulina, favorecendo o aumento da glicose no sangue.
Doenças cardiovasculares: como hipertensão arterial e colesterol alto.
Problemas ortopédicos: dores nos joelhos, pés e coluna devido à sobrecarga de peso.
Distúrbios respiratórios: como apneia do sono e dificuldade para respirar.
Impactos emocionais: baixa autoestima, isolamento, bullying e maior predisposição à ansiedade e depressão.

Tratamento para obesidade infantil: o que realmente funciona

O tratamento da obesidade infantil exige paciência, consistência e apoio familiar. Não existe fórmula mágica, mas uma combinação de estratégias que incluem mudanças no estilo de vida.

1. Alimentação saudável para crianças

O primeiro passo é reeducar o paladar e melhorar a relação com a comida, fornecendo uma alimentação saudável para as crianças. Isso significa:

Introduzir mais frutas, legumes, verduras e cereais integrais;
Diminuir alimentos ultraprocessados e ricos em açúcar;
Estabelecer horários fixos para as refeições;
Incentivar refeições em família, longe de distrações;
Utilizar suplementos infantis apenas com orientação médica ou nutricional.

2. Atividade física e brincadeiras

Exercícios são fundamentais para o gasto calórico e o fortalecimento físico e emocional. Além disso, podem ser momentos divertidos para a criança. Algumas ideias incluem:

Jogos de bola, andar de bicicleta, nadar ou pular corda;
Caminhadas em parques e trilhas leves em família;
Aulas de dança, capoeira ou esportes coletivos;
Brincadeiras tradicionais ao ar livre, como esconde-esconde ou pega-pega.

Evitar o excesso de telas e oferecer alternativas mais dinâmicas já é um bom começo.

3. Apoio psicológico e envolvimento da família

A obesidade pode impactar a saúde mental da criança. O acompanhamento com psicólogo infantil ajuda na construção da autoestima e no entendimento do comportamento alimentar.

Além disso, envolver toda a família é essencial: mudanças conjuntas geram mais resultados do que ações isoladas. Pais que comem melhor e se exercitam acabam influenciando positivamente os filhos.

Como prevenir a obesidade infantil

A prevenção da obesidade começa ainda nos primeiros anos de vida e envolve um conjunto de atitudes. Um plano de ação eficaz pode incluir:

Oferecer alimentação variada desde a introdução alimentar;
Evitar refrigerantes e produtos com alto teor de açúcar e gordura;
Estabelecer uma rotina com horário para dormir, comer e brincar;
Incentivar atividades físicas diárias, de forma lúdica.

E aqui vão cinco hábitos saudáveis que fazem toda a diferença:

Comer frutas e vegetais todos os dias;
Dormir entre 9 e 11 horas por noite;
Beber água regularmente;
Limitar o tempo de tela a no máximo 2 horas por dia;
Comer com atenção plena, sentado à mesa.

A importância do ambiente familiar

O ambiente em que a criança vive molda seus hábitos. Quando os pais ou responsáveis participam ativamente e dão o exemplo, é muito mais fácil prevenir a obesidade. Ter uma despensa com alimentos saudáveis, praticar exercícios juntos e respeitar a rotina da criança são atitudes que fazem toda a diferença.