Quando falamos em doenças respiratórias, a pneumonia viral é um daqueles assuntos que merecem atenção especial. Afinal, quem nunca ouviu falar de um “resfriado que complicou” ou de uma “gripe que virou algo mais sério”?
Entender a causa da pneumonia, como ela se manifesta e quando buscar ajuda pode fazer toda a diferença para a sua saúde. Aqui no Blog da Araujo, vamos explicar de forma simples tudo o que você precisa saber sobre a pneumonia viral. Venha com a gente!
O que é pneumonia viral?
A pneumonia viral acontece quando um vírus infecta os pulmões, causando inflamação nos alvéolos — aquelas pequenas bolsas de ar onde ocorre a troca de oxigênio. Isso dificulta a respiração e gera uma série de sintomas sérios, que vamos detalhar mais adiante.
Os principais vírus que causam esse tipo de pneumonia são:
- Vírus Influenza A e B (os mesmos da gripe);
- Vírus Parainfluenza (tipos 1, 2 e 3);
- Vírus Sincicial Respiratório (VRS);
- Adenovírus; e
- Agentes menos comuns como Hantavírus, Metapneumovírus e Rinovírus.
Esses vírus podem atingir qualquer pessoa, mas são especialmente perigosos para crianças pequenas, idosos, gestantes e pessoas com doenças crônicas ou imunidade comprometida. É importante lembrar: a época do ano influencia bastante. Muitos desses vírus circulam mais no inverno ou surgem em forma de epidemias.
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Pneumonia viral no Brasil: o que a ciência diz?
No Brasil, estudos recentes têm revelado informações importantes sobre a prevalência e impacto da pneumonia viral na saúde pública.
- Aumento das internações de bebês: em 2023, o Sistema Único de Saúde (SUS) registrou 153 mil internações de bebês menores de 1 ano por problemas respiratórios, como pneumonia, bronquite e bronquiolite. Isso representa uma média de 419 hospitalizações por dia, marcando um aumento de 24% em relação ao ano anterior e o maior número registrado nos últimos 15 anos.
- Gastos com tratamento: o SUS desembolsou R$ 154 milhões em 2023 para tratar os bebês internados, cerca de R$ 53 milhões a mais que o ano pré-pandêmico de 2019, segundo o Canal Saúde Fiocruz.
- Regiões mais afetadas: as regiões Sul e Centro-Oeste apresentaram as maiores taxas de internação em 2023. O frio intenso e as queimadas associadas ao clima seco contribuem para deixar o sistema respiratório das crianças mais vulneráveis – assim relatou o Brasil 61.
Pneumonia viral e pneumonia bacteriana: qual a diferença?
Muita gente confunde, mas é importante saber: a pneumonia viral costuma ser mais leve que a bacteriana, embora existam casos graves. Algumas diferenças importantes:
- Início dos sintomas: na viral, eles surgem mais devagar e se parecem com os de uma gripe forte. Já na bacteriana, o quadro pode ser mais abrupto e agressivo.
- Febre: mais moderada na viral e alta na bacteriana.
- Resposta aos medicamentos: antibióticos tratam pneumonia bacteriana, mas não a viral, uma vez que que depende do próprio organismo e de antivirais, em alguns casos.
Atente-se: uma pneumonia viral pode abrir espaço para uma infecção bacteriana secundária, deixando o quadro ainda mais complicado. Por isso, é fundamental tratar desde o início.
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Sintomas de pneumonia viral
A pneumonia viral pode se manifestar de forma discreta no começo, mas os sintomas costumam ganhar força rapidamente. Por isso, fique atento a esses sinais:
Tosse seca persistente: no início, a tosse pode ser seca e irritativa. Mas conforme a infecção evolui, ela pode se tornar produtiva, com catarro amarelado ou esverdeado, indicando que o corpo está tentando expulsar as secreções acumuladas nos pulmões.
Febre moderada ou alta: diferente da febre passageira de um resfriado, a febre da pneumonia costuma ser mais intensa e prolongada, muitas vezes ultrapassando os 38 °C.
Falta de ar e cansaço extremo: sentir-se ofegante após pequenos esforços (como subir poucos degraus ou caminhar até a cozinha) é um forte sinal de que os pulmões não estão trabalhando bem.
Dor no peito: especialmente ao respirar fundo ou tossir. Se você sentir que uma fisgada prendeu sua respiração, possivelmente é um indício de inflamação no revestimento dos pulmões.
Calafrios: aquela sensação de frio intenso e tremores, mesmo estando agasalhado.
Dores musculares e articulares: o corpo fica muito dolorido, uma vez que o sistema imunológico está trabalhando pesado para combater o vírus.
Confusão mental: em pessoas mais velhas, a pneumonia pode se manifestar de forma menos típica, causando desorientação, sonolência excessiva e até dificuldade para se comunicar.
Se você ou alguém próximo apresentar esses sintomas, não hesite em buscar orientação médica.
Como ocorre o contágio da pneumonia viral?
Assim como a gripe e o resfriado, a pneumonia causada por vírus é transmitida principalmente pelas gotículas expelidas ao tossir, espirrar ou falar. Por isso, ambientes fechados e cheios de gente são terreno fértil para o contágio.
E vale lembrar: o coronavírus também pode evoluir para pneumonia viral. Mais um motivo para manter a prevenção em dia.
Como tratar a pneumonia viral?
O tratamento da pneumonia viral depende da gravidade e do tipo de vírus. As estratégias podem mudar, mas, em geral, incluem:
- Repouso absoluto
Durante a pneumonia, o sistema imunológico trabalha intensamente para eliminar os agentes infecciosos e reparar o tecido pulmonar danificado. Nesse sentido, o repouso é essencial para reduzir a demanda de energia do corpo, permitindo que mais recursos sejam direcionados para o processo de recuperação.
Além disso, o repouso minimiza o esforço respiratório e evita que o coração e os pulmões sejam sobrecarregados, o que é crucial para evitar complicações.
- Hidratação reforçada
Beber bastante água, sucos e caldos ajuda a diluir as secreções acumuladas nos pulmões, facilitando a expectoração (eliminação do catarro).
- Controle dos sintomas
Medicamentos como antitérmicos (para febre), analgésicos (para dor) e, em alguns casos, xaropes (para tosse) são usados para aliviar o desconforto. Eles não curam a pneumonia, mas ajudam o paciente a respirar melhor, descansar e, assim, acelerar a recuperação.
- Uso de antivirais
Se o médico identificar que o vírus é, por exemplo, o Influenza (gripe), pode prescrever antivirais como o Oseltamivir (Tamiflu®). Quando usados nas primeiras 48 horas dos sintomas, esses medicamentos ajudam a reduzir a duração e a gravidade da doença.
Mas atenção: nem todos os vírus respiratórios têm antivirais específicos eficazes, e nem todos os casos precisam dessa medicação.
- Nada de antibióticos sem orientação!
Antibióticos são armas contra bactérias, não contra vírus. Usá-los sem necessidade pode prejudicar seu organismo, desequilibrar sua flora intestinal e até tornar futuras infecções mais difíceis de tratar. Se o médico identificar uma infecção bacteriana associada,o que acontece em cerca de 20% dos casos de pneumonia viral, o uso será necessário e bem orientado.
Prevenção: vacinas são suas melhores aliadas
Uma excelente notícia é que podemos prevenir muitas das pneumonias virais mais comuns. E aqui entram em cena duas vacinas essenciais:
- Vacina contra gripe (Influenza): atualizada todo ano, essa vacina é formulada para combater as cepas do vírus Influenza que estão circulando no Brasil e no mundo. Ela reduz em até 90% o risco de desenvolver formas graves da doença, segundo o Ministério da Saúde.
- Vacinas contra COVID-19: embora a COVID-19 tenha perdido força como pandemia, o coronavírus continua em circulação e pode causar pneumonia viral, especialmente em pessoas não vacinadas ou com esquemas incompletos. A vacinação completa e as doses de reforço continuam fundamentais para reduzir hospitalizações, casos graves e mortes associadas à doença.
Saiba mais em: Vacinas – Na Araujo tem!
Além das vacinas, manter hábitos de higiene é fundamental para prevenir infecções respiratórias:
- Lave as mãos regularmente com água e sabão ou use álcool em gel.
- Evite tocar o rosto, especialmente olhos, nariz e boca, com as mãos não higienizadas.
- Cubra o nariz e a boca com o antebraço ou lenço descartável ao tossir, ou espirrar.
- Evite aglomerações e locais fechados, especialmente durante surtos de doenças respiratórias.
- Utilize máscaras se estiver com sintomas gripais ou em ambientes com alta circulação de vírus.
Lembre-se: a prevenção é a melhor forma de combater a pneumonia viral. Mantenha sua vacinação em dia e adote hábitos saudáveis para proteger a si e aos outros.
Araujo: sua parceira no cuidado diário com a saúde
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Quando falamos em pneumonia viral, informação é tão importante quanto prevenção. Por isso, reforçamos: cuide-se e conte com a Araujo para estar ao seu lado em cada etapa do caminho.