Quando alguém decide cuidar do peso, a primeira pergunta quase sempre é a mesma: Saxenda ou Ozempic, qual é a melhor opção? A dúvida estoura em buscas no Google, consultas médicas e conversas entre amigos. Não é à toa: em um cenário em que o sobrepeso e a obesidade já atingem mais de 1 bilhão de pessoas no mundo (OMS, 2024), medicamentos seguros e aprovados passaram a ocupar um papel relevante no tratamento.
Apesar de estarem no mesmo guarda-chuva dos análogos de GLP-1, Saxenda e Ozempic nasceram com propósitos diferentes.
- O Ozempic foi desenvolvido para tratar diabetes tipo 2 e só depois ganhou espaço no manejo da obesidade.
- O Saxenda, por sua vez, foi criado especificamente para perda de peso.
Ambos têm eficácia comprovada, mas funcionam de maneiras diferentes no corpo, exigem rotinas distintas e podem gerar respostas variadas conforme o metabolismo e o histórico clínico de cada pessoa.
Leia mais: Quais são as diferenças entre tirzepatida, semaglutida e liraglutida?
Como Saxenda e Ozempic atuam no organismo
Antes do comparativo, precisamos entender a lógica do corpo. Os dois medicamentos agem no hormônio GLP-1, que participa da regulação da glicose e da saciedade, e funciona como um mensageiro interno que ajuda a regular a fome, a digestão e a liberação de insulina.
Mas há diferenças relevantes.
Saxenda: liraglutida – ação diária e foco no peso
- Princípio ativo: liraglutida 3 mg
- Atua diretamente em áreas do cérebro relacionadas ao apetite
- Aumenta a saciedade, reduz a fome e ajuda na moderação da ingestão calórica
- Indicação: tratamento da obesidade ou sobrepeso com comorbidades
- Aplicação: diária
Saiba mais: Saxenda: o que é, para que serve e como usar
Ozempic: semaglutida – ação prolongada e foco metabólico
- Princípio ativo: semaglutida até 1 mg (no caso do Ozempic)
- Criado para diabetes tipo 2, mas com forte impacto no controle do apetite
- Atua de forma semelhante ao Saxenda, porém com meia-vida mais longa, permitindo dose semanal
- Indicação oficial: controle glicêmico em diabetes tipo 2
- Aplicação: semanal
Descubra as diferenças e semelhanças
Os dois medicamentos pertencem à mesma classe, mas entregam experiências clínicas diferentes. A seguir, o comparativo mais buscado pelos usuários.
Perda de peso: quantos quilos é possível perder com Saxenda e com Ozempic?
Esse é o dado mais pesquisado e um dos mais decisivos para quem avalia as canetas.
Saxenda
Um estudo publicado no The New England Journal of Medicine (2015) acompanhou pacientes por 56 semanas e observou:
- Perda média de 8 kg
- Redução entre 5% e 10% do peso corporal
O resultado costuma ser mais gradual, porque a dose sobe aos poucos até 3 mg/dia.
Ozempic
O ensaio clínico STEP, publicado no JAMA (2021), investigou a semaglutida em dose semanal de 2,4 mg, apresentação indicada especificamente para manejo de peso (comercializada em alguns países como Wegovy). Ao longo de 68 semanas, os resultados mostraram:
- Perda média de 15% a 16% do peso corporal
- Equivalente a aproximadamente 12 a 15 kg, dependendo do peso inicial
Maior eficácia quando combinada com alimentação equilibrada e acompanhamento comportamental.
Conclusão:
- Ozempic tende a gerar maior perda de peso, especialmente em pacientes que respondem bem ao GLP-1.
- Saxenda também é eficaz, especialmente para pessoas que se adaptam bem ao uso diário.
E, acima de tudo, é essencial que a escolha entre Saxenda ou Ozempic seja feita junto ao médico, considerando histórico clínico, comorbidades, tolerância às doses e metas de tratamento.
Custos e onde encontrar
Ambas são consideradas medicações de alto custo.
- Saxenda tende a ser mais caro no mês pela necessidade de doses diárias.
- Ozempic pode ter custo mensal menor, já que a dose é semanal.
As duas estão disponíveis na Araujo, com segurança e procedência garantida, ponto essencial quando falamos de medicamentos injetáveis.
Efeitos colaterais: o que você precisa observar
Por atuarem no GLP-1, os efeitos colaterais são semelhantes nos dois medicamentos e, na maior parte das vezes, transitórios.
Efeitos mais comuns
- Náuseas;
- Vômitos;
- Diarreia;
- Constipação;
- Dor abdominal;
- Sensação de estufamento; e
- Redução do apetite.
Médicos costumam orientar aumento progressivo da dose para reduzir desconfortos. E, com o tempo, o corpo tende a se ajustar.
Leia mais: Obesidade: como prevenir com hábitos saudáveis e escolhas conscientes no dia a dia
Afinal, qual é a melhor opção: Saxenda ou Ozempic?
A resposta é simples: a melhor opção depende do seu médico, da sua história clínica e da resposta do seu corpo ao tratamento. Alguns fatores que influenciam a escolha:
- Presença de diabetes tipo 2;
- Objetivo de perda de peso;
- Tolerância a efeitos gastrointestinais;
- Disciplina com aplicações;
- Custo mensal;
- Histórico de outras tentativas de tratamento; e
- Comorbidades associadas.
Medicamentos para emagrecer não são atalhos: são ferramentas. E ferramentas só funcionam bem quando fazem sentido para quem usa.
Aproveite o seu processo: saúde é construção diária
Nenhuma caneta faz sozinha o trabalho completo. Os estudos que apresentam os melhores resultados sempre combinam medicação com mudanças no estilo de vida.
O que amplifica o efeito das canetas:
- Alimentação equilibrada: escolhas nutricionais saudáveis ajudam a potencializar a perda de peso e manter energia ao longo do dia;
- Acompanhamento nutricional: orientação profissional garante que a dieta esteja adequada às suas necessidades e metas de saúde.
- Prática regular de exercícios: atividade física fortalece o corpo, acelera o metabolismo e contribui para manutenção do peso;
- Acompanhamento psicológico, quando possível: apoio emocional e estratégias de comportamento ajudam a lidar com compulsão alimentar e manter disciplina;
- Hidratação adequada: água em quantidade suficiente auxilia na saciedade, no funcionamento do organismo e na disposição diária; e
- Rotina de sono: noites bem dormidas regulam hormônios ligados à fome e à saciedade, favorecendo melhores resultados.
Fontes:
Organização Mundial da Saúde (OMS)
Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa