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Setembro Amarelo: cuidado com a saúde mental e prevenção ao suicídio

setembro amarelo

Provavelmente você já ouviu falar em Setembro Amarelo. Esse mês carrega consigo uma missão: estimular o diálogo sobre saúde mental e fortalecer a prevenção ao suicídio. Emoções como medo, tristeza e angústia são parte da vida, mas saber como acolhê-las é essencial para viver com equilíbrio. 

Neste artigo, vamos mostrar como informação, acolhimento e prevenção fazem toda a diferença.

O que é Setembro Amarelo? 

O Setembro Amarelo é a maior campanha brasileira de prevenção ao suicídio e promoção da saúde mental. Criada em 2014 pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), nasceu da necessidade urgente de quebrar o silêncio em torno do suicídio, um problema de saúde pública que cresce a cada ano no Brasil e no mundo.

O símbolo da campanha, o laço amarelo, carrega história e legado. Em 1994, nos Estados Unidos, o jovem Mike Emme de apenas 17 anos morreu por suicídio. Mike era apaixonado por carros e tinha um Mustang amarelo. Em seu velório, amigos e familiares distribuíram fitas da mesma cor com a mensagem: “se você estiver passando por algo difícil, peça ajuda”. Esse gesto simbólico se tornou um movimento mundial de conscientização e acolhimento.

No Brasil, a campanha é realizada em setembro porque, no dia 10, é celebrado o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, instituído pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio (IASP). 

Ao longo dos anos, o Setembro Amarelo cresceu, alcançando escolas, empresas, comunidades e redes sociais, levando informação confiável e incentivando cada vez mais pessoas a pedirem e oferecerem ajuda.

Dados que exigem nossa atenção

As estatísticas revelam o tamanho do desafio que enfrentamos no cuidado com a vida:

  • 32 pessoas tiram a própria vida todos os dias no Brasil, segundo o Ministério da Saúde e a OMS;
  • Em 2021, a taxa de suicídio no país foi de 7,59 por 100 mil habitantes, um salto de 9,5% frente a 2020 (6,93);
  • Entre 2011 e 2022, a taxa média anual subiu de 5,0 para 7,3 por 100 mil habitantes;
  • Entre crianças e adolescentes, os números são alarmantes:
  • 10 a 14 anos: crescimento de 45%, chegando a 1,33 por 100 mil.
  • 15 a 19 anos: aumento de 49,3%, alcançando 6,6 por 100 mil.
  • Entre 2011 e 2022, o Brasil registrou 147.698 suicídios, além de 104.458 internações e mais de 720 mil notificações de autoagressão.
  • Globalmente, 703.000 pessoas morrem por suicídio ao ano, sendo que 77% desses casos acontecem em países de baixa ou média renda.

Esses dados reforçam que o suicídio não é uma questão individual, mas um problema coletivo que exige diálogo, políticas públicas e redes de apoio permanentes.

Cuide da sua saúde mental: o que diz a ciência e como agir

Vivemos em uma era definida pela  ansiedade, insegurança e solidão. Fortalecer nossa saúde emocional não é luxo, é uma necessidade.

Boas práticas:

  • Sono de qualidade: dormir menos que 7-8 horas prejudica a regulação emocional;
  • Movimentar o corpo: a atividade física eleva a produção de serotonina e endorfina;
  • Alimentação saudável: mentalmente, funcionamos melhor com nutrientes equilibrados;
  • Momentos de pausa: mesmo 10 minutos de silêncio ou de conexão genuína fazem a diferença; e
  • Autoconhecimento em ação: reconhecer suas emoções dá pistas de quando algo precisa de cuidado profissional.

Essas ações são fundamentais para a prevenção e ressoam com o propósito do Setembro Amarelo.

Entenda a prevenção ao suicídio

Os dados da OMS revelam que a grande maioria  dos suicídios estão associados a transtornos mentais não diagnosticados ou não tratados.

Isso significa que, muitas vezes, estamos diante de pedidos silenciosos, e atitudes como acolhimento, empatia e encaminhamento para tratamento podem mudar rumos. Como diz a Associação Brasileira de Estudos e Prevenção do Suicídio (ABEPS): o Setembro Amarelo deve ser um marco de reflexão e cuidado contínuo, não apenas um momento de campanha.

Conheça os sinais de alerta e esteja presente

O site oficial do Setembro Amarelo apresenta sinais que, mais do que um checklist, são verdadeiros alertas:

  • Declarações de desesperança ou desejo de desaparecer;
  • Isolamento social e apatia emocional;
  • Perda de autoestima ou autocuidado – como negligenciar higiene;
  • Mudanças bruscas de humor;
  • Alterações no sono e apetite;
  • Desinteresse por atividades antes prazerosas; e
  • Desempenho caindo no trabalho ou estudo.

Nunca ignore esses sinais. Uma escuta atenta, sem julgamentos, pode direcionar a pessoa para a ajuda de que precisa.

Cuidado com a vida para além do Setembro Amarelo

Cuidar da saúde mental exige vigilância diária, atenção aos sinais e disposição para agir, seja ouvindo alguém em sofrimento, seja criando ambientes mais acolhedores e livres de preconceito. 

A prevenção verdadeira acontece no dia a dia, nos pequenos e grandes gestos. Isso inclui:

  • Cultivar redes seguras de amizade e acolhimento – onde pedir ajuda não seja visto como fraqueza;
  • Promover ambientes de trabalho e escola que validem emoções – incentivando o diálogo e reduzindo estigmas; 
  • Dar visibilidade a recursos como o Centro de Valorização da Vida (CVV), com atendimento emocional gratuito, 24h, pelo 188, chat ou e-mail; e
  • Apoiar iniciativas que fortalecem políticas públicas e cuidado comunitário, conforme orienta a ABEPS.

Responsabilizar-se pela vida

O Setembro Amarelo amplifica um tema que, por muito tempo, foi envolto em silêncio: a saúde emocional e a prevenção do suicídio. Cuidar da saúde mental não é apenas uma escolha individual, é um pacto social. 

Compartilhe informação, transforme números em empatia e seja parte da mudança. Quando escolhemos falar, ouvir e agir, criamos um mundo onde ninguém precisa enfrentar a própria dor sozinho. 

Que setembro seja apenas o começo e que todos os outros meses sejam dedicados à vida.

*Fontes: 

ScienceDirect,  

The Lancet. 

Scielo Saúde

Associação Brasileira de Estudos e Prevenção do Suicídio (ABEPS),

FUNDACENTRO

Viver bem – Unimed BH

Setembro Amarelo

RS Data

Ministério da Saúde

Macrotrends

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