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Passo a passo para uma higiene bucal correta!

Passo a passo para uma higiene bucal correta!

Cuidar para que os dentes fiquem bonitos e saudáveis pede uma escovação correta e rotineira. Mas como fazer a higiene correta? Qual a escova ideal, por quanto tempo usá-la? É necessário limpar a língua? São muitas as dúvidas, além de bastante frequentes.

Reunimos aqui um guia ultracompleto que explica, em detalhes, como cuidar da saúde bucal pela orientação especializada da dentista Romana Faria Gomes CRO/MG 29439 (@draromanagomes_odontologia), que é cirurgiã dentista – reabilitadora oral,  implantodontista e protesista. Confira!

O que é higiene bucal?

Trata-se da limpeza dos dentes, língua e gengivas. Ao contrário do que muita gente pensa, a escovação dos dentes é apenas uma parte da higiene bucal; é preciso fazer uso de fio dental e higienizar a língua, assim como limpar aparelhos e próteses.

Qual a importância da higiene bucal?

É comum resíduos de alimentos e bebidas ficarem na boca após serem consumidos e, muitas vezes, não serem sequer percebidos. Quando a higienização é bem feita, ela evita a proliferação exagerada de bactérias na boca (disbiose), que se alimentam dos resíduos de alimentos e podem iniciar a formação das cáries e demais complicações. De forma geral, uma higiene bucal correta:

  • Mantém o equilíbrio da saúde bucal
  • Dentes limpos e livres de resíduos alimentares
  • Gengiva sem sangramento ou dor durante a escovação e o uso do fio dental
  • Evita o mau hálito permanente

Quais os riscos da má higienização?

Muitos problemas bucais surgem com pouca escovação ou uma escovação inadequada. Romana Gomes cita e explica alguns dos principais riscos envolvidos: mau hálito, cárie, infecções e até mesmo perda dentária.

1-Mau Hálito

“Uma das causas mais comuns do mau hálito (halitose) é a diminuição do fluxo salivar, favorecendo a formação e acúmulo de placa bacteriana esbranquiçada na parte superior da língua, formando a saburra lingual. A saburra lingual é formada por restos alimentares e bactérias (anaeróbias) que se alimentam das células epiteliais descamadas. Neste processo, ocorre a liberação de compostos de cheiro desagrádavel, produzindo o mau hálito. Vale lembrar que a halitose (mau hálito) não é causada apenas por problemas locais, mas podem ser de origem de desordens sistêmicas sérias”.

2- Cárie

“A cárie é uma doença multifatorial, sendo a má higienização uma das suas principais causas. Ela se caracteriza pela descalcificação do esmalte dentário, podendo acometer a segunda camada (dentina) e até mesmo o canal do dente, levando a uma perda considerável da sua parte coronária (coroa)”.

3- Infecções

“As infecções da cavidade bucal têm uma infinidade de origem, sendo mais comuns as que acometem os tecidos de sustentação dos dentes: gengiva e mucosa (tecido mole) e osso (tecido duro). As doenças mais comuns são a gengivite e periodontite. A gengivite se caracteriza pela inflamação na gengiva através de vermelhidão e sangramento da gengiva. Já a periodontite é o agravamento da gengivite, acometendo o tecido ósseo”.

4- Perda dentária

“A ausência de uma adequada higienização pode comprometer os tecidos de sustentação do dente, afetando a sua inserção, gerando mobilidade e, consequentemente, levando à sua perda quando há um nível de doença periodontal bastante avançado”.

Como fazer uma higiene bucal correta?

Alimentação saudável

Para uma boa saúde bucal, é fundamental uma dieta equilibrada e saudável. Caso não tenha, uma reeducação alimentar torna-se necessária. A dentista explica que os açúcares das dietas, particularmente quando há um consumo frequente de sacarose, são responsáveis pelo desequilíbrio entre as bactérias e os tecidos duros dentários. “Quando a ruptura do equilíbrio ocorre entre os tecidos moles, ela é ainda mais complexa, uma vez que envolve a resposta imunológica do hospedeiro com relação ao processo inflamatório”, alerta.

Escova ideal

A escova dental é o principal recurso para desorganização e remoção do biofilme dental (também conhecido como placa bacteriana, formada por bactérias que naturalmente habitam a cavidade bucal). Atualmente, existem diferentes modelos de escovas. Romana Gomes aponta alguns aspectos a serem observados na hora da escolha:

Quanto ao cabo da escova: o comprimento proporcional  à mão do usuário favorece o posicionamento e a execução dos movimentos. O aumento do diâmetro e o apoio não deslizante para polegar/indicador são úteis para pacientes com dificuldade na empunhadura ou motora, como idosos ou crianças.

Quanto à cabeça da escova: as cabeças menores (chamadas compactas) facilitam o acesso e o posicionamento correto da escova dental em relação às superfícies e à margem gengival.

Quanto às cerdas da escova: a maior parte das escovas são de material sintético (nylon). “As escovas médias ou duras favorecem a remoção do biofilme, os pacientes devem sempre utilizar uma escova de cerdas macias (ou extra macias) na higienização. Isso porque, pela menor rigidez, elas geram menos trauma, abrasão gengival e recessão. A firmeza das cerdas depende do seu material, diâmetro e comprimento, do número de cerdas por tufos.

Pacientes com fenótipo gengival fino, com qualquer tipo de irritação tecidual ou mucosite devem utilizar escovas ultra macias. As escovas ultra macias podem ser menos efetivas na remoção do biofilme (dependendo do diâmetro e do número de cerdas/tufo). Por isso, apesar de serem associadas a menor trauma gengival, não serão escovas indicadas para todos os pacientes. Existem ainda escovas específicas para utilização no período pós-cirúrgico. No que se refere ao formato das pontas, tanto as cerdas macias de pontas arredondadas quanto as de pontas cônicas são seguras”, orienta a dentista.

Creme dental específico para tratamento desejado

Existem muitas opções de cremes dentais no mercado, com propriedades e características diferentes. Além dos princípios ativos, o que vai diferir um do outro será o tipo de flúor, o mecanismo de ação e a rapidez na ação. A dentista ressalta que é necessário uma indicação correta para cada situação clínica e que ter essa indicação individualizada faz toda a diferença. Para quem não recebeu uma prescrição feita por um especialista, a recomendação universal é um dentifrício anticárie simples, sem adição de outros componentes.

Técnica de escovação

Existem várias técnicas de escovação na literatura especializada, mas a dentista chama a atenção para duas: a Técnica de Bass, que são movimentos curtos e vibratórios no sentido ântero-posterior, com a escova posicionada em ângulo de 45 graus em relação à gengiva (próximo a margem gengival diretamente no sulco), e a Bass modificada, que inclui finalização com o movimento de “rolar” a escova no sentido incisal/oclusal.

Ela explica que, apesar de não haver uma única técnica recomendada para todas as pessoas, em estudos de revisão sistemática, ficou explícito que a técnica de Bass e a de Bass modificada foram tidas como superiores em relação às demais na redução do biofilme.

Limpeza da Língua

Limpar a língua é parte fundamental de uma higiene bucal efetiva. A remoção da saburra lingual (de aspecto esbranquiçado), rica em microorganismos, células descamadas e resíduos de alimentos, contribui também para prevenção da halitose de origem bucal. Para isso, podem ser utilizados os limpadores de língua, as escovas especiais para língua ou escovas dentais de cerdas macias ou extra macias, orienta a dentista.

“Os limpadores de língua se mostram superiores às escovas dentais na redução dos compostos voláteis, sendo, também, menos associados à sensação de enjôo. O limpador de língua deve “varrer” cuidadosamente, da região posterior para frente”, afirma Romana.

Fio dental

O fio dental é imprescindível para a realizar a limpeza entre os dentes e o sulco gengival. Há vários tipos: os fios e fitas são sempre feitos com material apropriado, recobertos ou não por ingredientes para facilitar o deslizamento. Romana explica que os fios encerados podem ter um bom atrito com a superfície proximal, favorecendo a remoção de depósitos, e os fios bem deslizantes (como os de teflon) facilitam a passagem por contatos muito apertados entre os dentes.

Já o fio dental com haste é um bom recurso para crianças e adolescentes adquirirem o hábito, assim como para pessoas com dificuldade motora. A adição de sabores serve para incentivar o uso. Todos esses aspectos podem influenciar na escolha, não pela superioridade, mas pensando em melhorar a adesão ao objetivo proposto.

Enxaguante bucal

Há diferentes tipos de enxaguante bucal, entre eles os de efeito cosmético (mais voltado a deixar o hálito fresco) e o de efeito terapêutico (com ação medicamentosa, como para tratar gengivites e periodontites). Romana diz que nas consultas é comum surgirem dúvidas quanto a enxaguantes bucais com ou sem álcool.

“Algumas análises de literatura e revisões sistemáticas têm mostrado que não há evidência para afirmar que existem nos enxaguatórios alcoólicos um fator de risco independente para o desenvolvimento de cânceres de cabeça e de pescoço. Entretanto, elas alertam que esse fator pode se tornar significativo se houver outros fatores de risco associados ou se for de utilização frequente/continuada. Não há também evidências de que o álcool com enxaguatórios cause necessariamente ressecamento bucal, mas seu uso pode causar irritações na mucosa de pacientes com hipossalivação ou com maior sensibilidade dos tecidos”, ressalta.

Frequência/Periodicidade

A escovação é indicada após todas as refeições, mas, infelizmente, essa não é uma realidade. Por isso, os especialistas orientam para o número mínimo de três escovações, considerando as principais refeições. Romana chama a atenção para o fato de que, no período do sono, ocorre uma redução circadiana do fluxo salivar e até mesmo um ressecamento bucal, havendo, portanto, diminuição das propriedades protetoras da saliva. A escovação antes de dormir torna-se ainda mais importante.

Ela lembra também que, por outro lado, se a higiene bucal for feita antes de dormir, haverá aumento da retenção do fluoreto e demais componentes ativos dos produtos de higiene usados. “O efeito do fluoreto nos dentifrícios parece ser maior ativando a remineralização do esmalte e dentina pela saliva do que evitando a desmineralização da superfície dos dentes. Isso pode causar processos cariosos e infiltrações em tratamentos preexistentes”, explica.

Consulta regular com  dentista

A formação de biofilme sobre as superfícies dentárias é um fenômeno inevitável. Nesse sentido, o controle permanente do acúmulo do biofilme é essencial para a manutenção do equilíbrio bucal. É muito importante estabelecer uma visita semestral ao dentista que poderá realizar uma limpeza profissional, além de reavaliar a saúde bucal e os tratamentos preexistentes.

 

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