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Por que a alimentação tem um papel fundamental no tratamento do diabetes?

alimentação e tratamento do diabetes

Você sabia que o que colocamos no prato pode ser tão importante quanto os medicamentos no tratamento do diabetes? Para quem convive com a doença ou deseja prevenir complicações, entender o papel da alimentação no controle da glicemia é essencial. 

Neste artigo, vamos explorar como as escolhas alimentares impactam a saúde de quem tem diabetes tipo 1 ou tipo 2, além de mostrar que é possível manter uma alimentação equilibrada mesmo com a rotina corrida.

Comece já – Diabetes e alimentação: confira 5 dicas que podem salvar sua saúde

Diabetes tipo 1 e tipo 2: entenda as diferenças

Antes de falarmos sobre o que vai (ou não) para o prato, é importante entender que o diabetes não é uma condição única. Ele se divide, principalmente, em dois tipos:

  • Diabetes tipo 1: doença autoimune, geralmente diagnosticada na infância ou adolescência, em que o pâncreas não produz mais insulina.
  • Diabetes tipo 2: relacionado a fatores como sobrepeso, sedentarismo e alimentação desequilibrada. Nesse caso, o corpo produz insulina, mas ela não funciona de forma adequada.

Independentemente do tipo, o controle da glicemia passa, inevitavelmente, pela alimentação. Afinal, é a comida que colocamos na mesa que se transforma em energia no nosso corpo ou em glicose demais no sangue.

Descomplique – Diabetes: quais são os tipos e como prevenir?

Alimentação no tratamento do diabetes: o que está em jogo?

A alimentação no diabetes vai muito além de não poder açúcar. O segredo está em equilibrar os tipos de carboidratos, aumentar o consumo de fibras, controlar o índice glicêmico e manter uma rotina alimentar consistente.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, uma dieta equilibrada contribui para:

  • Controle da glicemia;
  • Redução do risco de complicações cardiovasculares;
  • Controle de peso; e
  • Melhora na qualidade de vida.

Além disso, fracionar a alimentação ao longo do dia, com 5 a 6 refeições, evita picos de glicemia, ajudando no controle do peso e na saciedade.

Explore mais – Diabetes tipo 2: entenda melhor a doença

O que consumir 

Alguns alimentos atuam como verdadeiros aliados, ajudando o organismo a manter os níveis de açúcar no sangue mais estáveis. E o melhor: são acessíveis, saborosos e fáceis de incluir na rotina. Vamos conhecer quem são esses protagonistas da alimentação equilibrada para quem convive com o diabetes?

Carboidratos complexos (de baixo índice glicêmico)

  • Arroz integral;
  • Quinoa;
  • Aveia;
  • Batata-doce; e
  • Pães e massas integrais.

Esses alimentos liberam a glicose no sangue de forma mais lenta, evitando picos de glicemia.

Verduras e legumes (de preferência crus ou cozidos no vapor)

  • Brócolis;
  • Couve;
  • Abobrinha;
  • Espinafre; e
  • Cenoura.

Ricos em fibras, vitaminas e antioxidantes, ajudam a equilibrar a glicemia e proteger o coração.

Frutas com moderação e preferência por inteiras (evite sucos!)

  • Maçã;
  • Pera;
  • Morango; e
  • Abacate.

Evite sucos naturais, como o de laranja e uva, que concentram o açúcar da fruta sem a fibra.

Proteínas magras

  • Frango sem pele;
  • Peixes (como salmão, atum e sardinha);
  • Ovos; e
  • Queijos brancos com baixo teor de gordura.

Fontes de gordura boa

  • Azeite de oliva extra virgem;
  • Sementes (chia, linhaça); e
  • Nozes e castanhas (em pequenas quantidades).

O que evitar

Evitar excessos e fazer boas trocas é a chave. Veja os principais alimentos que devem ficar fora da rotina ou serem consumidos com muita moderação:

Açúcares simples

  • Doces, bolos, balas, sorvetes; e
  • Refrigerantes e sucos industrializados.

Esses produtos são ricos em calorias e pobres em nutrientes. Em diabéticos, o controle do açúcar deve ser ainda mais rigoroso. 

Farinhas refinadas

  • Pão branco;
  • Macarrão; e
  • Biscoitos, massas com farinha branca.

Esses alimentos têm alto índice glicêmico e elevam rapidamente a glicose no sangue.

Ultraprocessados

  • Produtos prontos para o consumo, como nuggets, embutidos e salgadinhos; e
  • Sopas e refeições instantâneas.

Ricos em sódio, gordura saturada e aditivos, prejudicam o controle da pressão e do colesterol, o que é perigoso para quem tem diabetes.

Como garantir boas refeições na rotina corrida?

A alimentação que funciona é aquela que cabe no seu cotidiano. E isso é possível com um pouco de organização e escolhas conscientes. Veja algumas dicas práticas:

Tenha sempre em casa

  • Arroz integral, feijão, lentilha, ovos e azeite;
  • Legumes e folhas lavadas e cortadas, prontos para uso;
  • Frutas da estação;
  • Castanhas ou nozes (porcionadas).

A combinação clássica de arroz com feijão é uma fonte excelente de proteína vegetal, fibras e ferro e deve ser valorizada sempre que possível.

Para levar ao sair de casa

  • Mix de frutas secas e castanhas (sem adição de açúcar);
  • Sanduíche de pão integral com pasta de atum ou frango desfiado;
  • Salada em potes (com vegetais coloridos + grãos + proteína); e
  • Iogurte natural com chia.

Pequenas atitudes, como montar marmitas equilibradas ou preparar lanches com antecedência, fazem diferença no longo prazo.

Por que preferir o pão integral ao invés do branco?? E por que evitar o suco de laranja?

Essas são dúvidas frequentes e têm lógica bioquímica por trás.

  • Pão integral contém mais fibras que o pão branco. As fibras ajudam a retardar a absorção da glicose, promovendo controle glicêmico e maior saciedade.
  • Suco de laranja, mesmo o natural, tem alto índice glicêmico. Um copo pode conter o equivalente ao açúcar de três laranjas. Sem as fibras da fruta inteira, esse açúcar é absorvido muito rapidamente.

A fisiologia do diabetes exige atenção constante ao que comemos. Compreender como cada alimento se comporta no organismo é uma forma poderosa de autocuidado.

Fibras: as heroínas do controle glicêmico

Quer uma dica valiosa? Aposte nas fibras alimentares. Estudos de Harvard T.H. Chan School of Public Health mostram que dietas ricas em fibras estão associadas à melhora da sensibilidade à insulina, redução dos níveis de glicose e melhora do perfil lipídico. Segundo a Harvard Medical School, o ideal é consumir cerca de 25g a 30g de fibras por dia.

Fontes de fibras importantes:

  • Frutas com casca (maçã, pera);
  • Aveia;
  • Leguminosas (feijão, lentilha, grão-de-bico); e
  • Sementes (chia, linhaça).

Como conviver com o diabetes?

Conviver com o diabetes não é sinônimo de restrição total, mas sim de consciência, equilíbrio e planejamento. Com uma alimentação adequada e o apoio de profissionais da saúde é possível levar uma vida ativa, saborosa e saudável.

O ideal é que o plano alimentar seja individualizado, considerando idade, rotina, condições de saúde e alimentos disponíveis na região da pessoa. A alimentação saudável deve ser culturalmente adequada, prazerosa e acessível.

*Fontes: 

Ministério da Saúde, 

Sociedade Brasileira de Diabetes

Departamento de Nutrição e Metabologia da SBD

SciElo Brasil

Harvard T.H. Chan School of Public Health

Ministério da Saúde

Este artigo foi revisado pela nutricionista Larissa Miranda

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